quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

E o que você fez?


" A vida é o que acontece enquanto você está ocupado fazendo outros planos." (John Lennon - popularmente. Não é o autor verdadeiro)

Uma vez decidi ler um livro porque era um clássico da literatura brasileira, e, confesso que passei a detestar literatura brasileira enquanto lia o livro. Simplesmente porque tinha uma linguagem complicada e parecia não levar a lugar nenhum, sem uma história principal. Depois que finalmente terminei a leitura - com muita relutância - entendi que na verdade, o livro era basicamente a vida da gente. Assim, a verdade nua e crua diante de mim, traduzida em palavras e me dando um tapa na cara. Estou falando de Memórias Póstumas de Brás Cubas.

Talvez por isso tenha sido tão difícil ler, porque é a vida retratada como ela é. Sem os disfarces que costumamos colocar e fachadas e distrações que gostamos de usar. Brás Cubas era um homem como outro qualquer, com grande potencial e praticamente nenhum escrúpulo. Queria tantas coisas, tinha tantas ideias fixas, mas sem se prender a nada nem ninguém. Era um homem que vivia um dia de cada vez, fazendo suas vontades, seguindo seus instintos, satisfazendo seus desejos. E quem não quer isso?

Sim, ele consegue o que quer. E em seguida perde.

Brás Cubas teve amor. Conheceu o amor, viveu, respirou o amor...e perdeu, deixou ir embora. 
Teve sucesso, fez sucesso, amou o sucesso...morreu sem concluir seu maior trabalho.
Brás abandonou o amor por algo que acreditava ser melhor ou mais importante, e o homem que vivia cercado de gente, se viu sozinho e doente. Na verdade, não tão sozinho. Seu amor voltou para cuidar dele; mas aí...já não era amor.

E quantas vezes isso não acontece na vida das pessoas hoje? Claro que não igual a Brás, isso é uma metáfora - pra quem ainda não entendeu. Dia após dia todo mundo corre atrás de alguma coisa que julga importante e logo depois percebe que o que deixou pra trás era o que tinha mais valor. Largamos o concreto pra buscar o efêmero, e nessa busca acabamos deixando de lado o que realmente importa.

Obviamente esses valores são diferentes para as pessoas, por isso não vou citar. Mas cada um sabe do que precisa, e o que tem buscado


2 comentários:

  1. Concordo com seu texto Cosabella. Vc expõe muito bem suas ideias!

    Deixei um selinho pra vc láááá no meu blog tah. Bjooo!

    http://meublogtais.blogspot.com.br/2012/06/selinho.html

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  2. Nossa, muito tempo mesmo! Obrigada, mais uma vez, pela visita e pelas palavras. E a propósito, não fique tanto tempo sem postar. Sinto falta dos teus textos.
    Um abração!

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